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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Nosso Comportamento na Internet em Don't F**k With Cats


Don't F**k With Cats é uma série documental da Netflix que retrata um caso bizarro de perseguição na internet que acabou com duas mortes. Ao mesmo tempo em que narra os fatos que levaram ao assassinato de um jovem chinês que morava no Canadá e TALVEZ ao suicídio de um jovem depressivo na Namíbia, a série traz uma reflexão sobre nossas vidas e comportamentos na grande rede.

Uma destas reflexões, trazida na fala de uma das protagonistas do documentário, é inevitável a todos nós: será que estes "nerds de computadores" não são responsáveis por estas mortes? Será que eles não são os responsáveis por alimentar a loucura de Luka Magnotta. A resposta que eu tenho é: sim e não. Avaliando dentro daquele contexto, sim. Eles foram responsáveis, eles foram a lenha que alimentou o fogo - mesmo que tenha sido lenha plantada e colocada pelo próprio Luka. O 'não' vem do fato de que a evolução é inevitável. 

Não sou psicólogo, mas acredito que se não fossem os tais 'nerds', ele se alimentaria de outra fonte. Não pense que estamos predestinados a nada, como dizem os geneticistas DNA não é destino. O ambiente, a nossa história, o contexto, tudo isso conta muito em como vamos nos comportar. Daí vale a reflexão importante em se falando de nosso comportamento e a internet. Ao mesmo tempo em que a internet passa a ser um lugar sem contexto porque tudo está nela, como define Diana no filme a internet é um lugar infinito pode ser um lugar feliz, ou um lugar de atrocidades, cada um tem sua própria bolha, e isto pode ser uma armadilha. Uma armadilha capaz de eleger presidentes, cria assassinos e fazer surgir revoluções como a primavera árabe e os protestos em curso em Hong Kong. Ou seja, se alguém ainda dúvida que a internet é só uma tecnologia ao nosso alcance, eu digo não é. A internet é nosso modo de viver. Como nós somos está sim refletido na internet nós moldamos a internet e ela nos molda, é como a corrida armamentista.